Com o aumento das taxas de juros e a expectativa de cortes nos Estados Unidos apenas no final do ano, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) no Brasil estão oferecendo retornos cada vez mais atrativos. Atualmente, muitas dessas aplicações estão consolidando rendimentos acima de 1% ao mês, atraindo a atenção de investidores que buscam segurança e boa rentabilidade.
A elevação das taxas de juros nos Estados Unidos tem impactado diretamente os mercados globais. Com a expectativa de manutenção das taxas elevadas até o final do ano, os CDBs brasileiros precisaram aumentar suas taxas para permanecerem competitivos. Segundo Fabrício Silvestre, analista de renda fixa da Levante, essa mudança é reflexo da revisão das expectativas de cortes nos juros americanos, o que levou os investidores a exigir maiores retornos para manter suas aplicações em títulos de renda fixa.
Os CDBs pós-fixados, que têm sua rentabilidade atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), continuam sendo uma escolha popular entre os investidores. Recentemente, os CDBs com vencimento em seis meses ofereceram uma média de 104,82% do CDI, enquanto aqueles com vencimento em dois anos atingiram cerca de 101,02% do CDI. O Banco Master se destacou ao emitir um CDB com remuneração de 120% do CDI, exemplificando o potencial de altos retornos para investimentos em prazos mais curtos.
Para aqueles que preferem a segurança de saber exatamente quanto vão ganhar, os CDBs prefixados têm se mostrado uma excelente opção. Esses títulos estão oferecendo taxas em torno de 12,90% ao ano, equivalente a aproximadamente 1% ao mês. No entanto, é importante considerar o risco de que a taxa Selic suba mais do que o esperado, o que poderia tornar os pós-fixados mais atraentes a longo prazo.
Embora os CDBs emitidos por bancos menores ofereçam taxas mais elevadas, é fundamental estar ciente dos riscos envolvidos. Instituições financeiras menores costumam pagar um prêmio maior para compensar o risco de crédito. No entanto, a proteção oferecida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até R$250 mil por investidor e por instituição ajuda a mitigar esses riscos.
O cenário atual de juros elevados tem favorecido os investimentos em CDBs, tornando-os uma opção interessante para quem busca retornos superiores a 1% ao mês. Contudo, a paciência e uma análise cuidadosa dos prazos e emissores são cruciais para garantir a melhor escolha de investimento. A diversificação entre títulos prefixados e pós-fixados pode ser uma estratégia eficaz para aproveitar as oportunidades e proteger-se contra as incertezas econômicas futuras.
Fontes: https://einvestidor.estadao.com.br/investimentos/renda-fixa-ainda-tem-opcoes-rentaveis/
